O que são
células estaminais
pluripotentes induzidas?

Células estaminais pluripotentes induzidas (ou iPSCs) são células adultas que foram reprogramadas para um estado similar a células estaminais embrionárias com a expressão forçada de fatores característicos de células estaminais embrionárias.

O grupo de Shinya Yamanaka reportou pela primeira vez iPSCs de ratinho, em 2006, seguido de iPSCs humanas no final de 2007. Esta nova forma de reprogramar células adultas especializadas e transformá-las em células estaminais pluripotentes foi galardoada com o Prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina apenas seis anos após a descoberta. Teoricamente, qualquer tipo de célula do corpo pode ser transformada numa iPSCs através da introdução de uma combinação específica de fatores de reprogramação.

iPSCs – derivação e aplicações: Fatores de reprogramação podem ser introduzido em células de adultos para induzir pluripotência. As células IPSCs resultantes assemelham-se a células estaminais embrionárias e podem ser diferenciados em qualquer tipo de célula para estudar doenças, descoberta de fármacos, correção génica e para desenvolvimento de terapias celulares futuras. Adaptado de Eurostemcell.org.

IPSCs e células estaminais embrionárias,
são muito semelhantes.

Ambos os tipos de células estaminais têm a capacidade de autorrenovação e podem ser utilizadas para derivar qualquer tipo de célula especializada sob condições de diferenciação específicas no laboratório.
Embora estas células satisfaçam os critérios de definição para células estaminais pluripotentes, não se sabe em que medida as iPSCs e células estaminais embrionárias são diferentes. iPSCs demonstram características importantes das células estaminais pluripotentes: a expressão de marcadores de células estaminais embrionárias, têm a capacidade de gerar células das três camadas germinais, e são capazes de gerar um organismo fértil adulto (no caso de iPSCs de ratinho). Apesar da semelhança notável, foram descritas diferenças na expressão de alguns genes, marcadores genéticos e epigenéticos normalmente atribuídos a um processo de reprogramação incompleta. Os cientistas estão a estudar com mais detalhe para saber como estas diferenças subtis podem afetar o uso de iPSCs em pesquisa básica e aplicações clínicas. Até recentemente, gerar células iPSCs envolvia mudanças genéticas permanentes no genoma da célula. Os cientistas já desenvolveram métodos para produzir células iPSCs sem estas modificações genéticas. Estas novas técnicas são um passo importante no sentido de tornar células especializadas derivadas de iPSCs mais seguras para uso em pacientes.
Embora seja necessária investigação adicional, iPSCs são já ferramentas úteis para o desenvolvimento de medicamentos e criar modelos de doenças. Para entender exatamente como funciona uma determinada doença precisamos de estudar as células ou tecidos afetados pela doença. Estas células não são facilmente obtidas a partir de pacientes (por exemplo, neurónios).

iPSCs fornecem uma forma de gerar um grande número destas células com o mesmo conteúdo genético que as células doentes e, eventualmente, corrigir os genes afetados.

Os cientistas esperam usar iPSCs em medicina e transplantação. Vários ensaios clínicos encorajadores estão em curso para a cura da degeneração macular usando células derivadas de iPSCs. O valor acrescentado das iPSCs é que os tecidos derivados serão quase idênticos aos do dador e, portanto, provavelmente evitarão a rejeição pelo sistema imunológico. As células reprogramadas possuem um grande potencial para novas aplicações médicas e providenciam excelentes ferramentas para investigação médica. No futuro, iPSCs e derivados podem representar uma fonte ilimitada de células de substituição e tecidos para pacientes com doenças hoje incuráveis.
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