FONTES
DE CÉLULAS ESTAMINAIS

Células estaminais do cordão umbilical

Sangue do cordão umbilical

As células estaminais do sangue do cordão umbilical são semelhantes às da medula óssea. O sangue do cordão umbilical é rico em células estaminais hematopoiéticas, as células responsáveis por originarem as células do sistema sanguíneo: glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas.
São atualmente mais de 80 as doenças tratáveis com sangue do cordão umbilical.

Tecido do cordão umbilical

O tecido do cordão umbilical é rico em células estaminais mesenquimais. Estas células podem diferenciar-se em osso, cartilagem, músculo e tecido adiposo, entre outros tecidos.
As células estaminais do tecido do cordão umbilical estão a ser testadas conjuntamente com células estaminais hematopoiéticas, no sentido de reduzirem as complicações nos transplantes alogénicos (dador e recetor são pessoas diferentes).
Para além disso, as células estaminais mesenquimais estão atualmente a ser investigadas em doenças auto imunes, por poderem modular a atividade do sistema imunitário.

Vantagens e limitações do sangue do cordão umbilical

As células estaminais do sangue do cordão umbilical têm várias vantagens comparativamente à medula óssea e sangue periférico.

Principais vantagens

• Maior aceitabilidade de disparidade na compatibilidade HLA entre dador e doente;
• Menor risco de ocorrência de uma complicação grave que pode surgir após um transplante hematopoiético: doença do enxerto contra hospedeiro (DECH);
• Disponibilidade imediata das células criopreservadas para transplantação;
• O sangue do cordão umbilical é facilmente colhido após o parto, num processo que não apresenta qualquer risco para a mãe ou para o bebé.

Limitações do sangue do cordão umbilical

• O número de células estaminais depende do volume de sangue existente no cordão umbilical sendo, por isso, limitado. Para ultrapassar esta limitação, vários grupos de investigação estão a desenvolver metodologias que permitam aumentar o número de células estaminais hematopoiéticas das amostras de sangue do cordão umbilical.
• Maior tempo de recuperação hematológica após o transplante, quando comparado com a medula óssea ou o sangue periférico. Este facto decorre do menor número de células estaminais no sangue do cordão umbilical.

SANGUE DO CORDÃO UMBILICAL MEDULA ÓSSEA
Disponibilidade Imediata, as células estaminais do sangue do cordão umbilical uma vez criopreservadas, ficam prontas a ser utilizadas. Para encontrar um dador compatível, o tempo de espera pode ser longo.
Número de células para transplante eficaz 5 a 10 vezes inferior relativamente à medula óssea. Maior relativamente ao sangue do cordão umbilical e permite múltiplas recolhas.
Compatibilidade Maior tolerância, possibilidade de utilizar amostras mesmo quando a compatibilidade entre dador e doente não é total. Menor tolerância, fazendo com que a probabilidade de encontrar um dador compatível seja menor
Risco de efeitos secundários (doença do enxerto contra o hospedeiro – deco) Menor, comparado com medula óssea. Maior, comparado com sangue do cordão umbilical.
Tempo de recuperação hematopoiéticas Cerca de 1-2 semanas mais lento.* Mais rápido.
Risco e desconforto na colheita A colheita é indolor e não apresenta riscos nem para a mãe nem para o bebé. A colheita envolve um procedimento cirúrgico invasivo com anestesia, que comporta sempre algum risco.

DOENÇAS TRATÁVEIS

São já mais de 80 as doenças em cujo tratamento podem ser utilizadas células estaminais do sangue do cordão umbilical (à semelhança da medula óssea).
Em algumas delas já foram utilizadas as células estaminais do próprio (utilização autóloga), nomeadamente deficiências medulares e tumores sólidos. A utilização autóloga faz-se geralmente em doenças adquiridas ao longo da vida.
Na maioria das doenças foram feitos transplantes com células de dadores familiares e não relacionados (transplantes alogénicos), por exemplo leucemias ou doenças metabólicas; estas doenças estão normalmente relacionadas com um problema genético.

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